Vasco e Mirassol, dois dos melhores ataques da competição, se encontraram na penúltima rodada do Brasileirão prometendo repertório ofensivo, mas entregando um primeiro tempo mais estudado do que eletrizante.
O Vasco, embalado da goleada por 5 a 1 sobre o Internacional, entrou confiante, mas apresentou um início burocrático. A equipe de Fernando Diniz controlou a posse, trocou passes, buscou aproximações, porém sem transformar domínio territorial em chances realmente perigosas.
O Mirassol, por sua vez, esperou o erro vascaíno e tentou acelerar nas transições, obrigando o jogo a ficar travado no meio. Mesmo assim, brilhos individuais apareceram: Coutinho organizando o jogo e Rayan sempre pedindo bola e tentando quebrar linhas.
Assim, o duelo terminou 0 a 0 no intervalo, com aquele clima de “agora vai” reservado para o segundo tempo.
Segundo tempo
Só que o “agora vai” não veio. A segunda etapa acabou sendo ainda mais fraca que a primeira, com o Mirassol mais tranquilo, já garantido na Libertadores, e um Vasco com dificuldade enorme de manter a bola no pé. A situação piorou quando Lucas Piton sentiu o joelho. A cena foi pesada. Ele, um dos pilares do time na temporada e líder de assistências com 11 passes decisivos, saiu chorando, gerando apreensão geral. A lesão vira problema não só para o Brasileirão, mas também para a semifinal da Copa do Brasil.
O impacto emocional bateu forte no elenco. O Vasco perdeu concentração e o Mirassol aproveitou.
Primeiro, abriu o placar em uma jogada muito bem trabalhada. O time carioca até tentou reagir, rondou a área, mas não encontrou soluções.
Nos acréscimos, o Mirassol matou o jogo com outro belo gol, fechando 2 a 0 e coroando a excelente campanha, que garante vaga direta na fase de grupos da Libertadores de 2025.
Já o Vasco encerra a rodada cabisbaixo e agora vira a chave para enfrentar o Atlético Mineiro em Minas, provavelmente com um time misto ou reserva, já pensando nas semifinais da Copa do Brasil.